6 Princípios Influenciadores da Nossa Mente- Parte 4!
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Vou começar uma série de post onde vou falar dos 6 princípios influenciadores do nosso processo de decisão. Para escrever esta série de posts baseei-me no livro As Armas da Persuasão, de Robert Cialdini, professor de Psicologia e Marketing na Universidade do Arizona. Estes princípios são excelentes ferramentas no processo de influência. Contudo, não devemos usar estes princípios com o objetivo de prejudicar alguém em nosso benefício. Apesar de no curto prazo parecer compensar usar estes princípios prejudicando o outro em nosso benefício, no médio/longo prazo não compensará. O outro sentir-se-à enganado e ressentimentos serão criados. Devemos usar estas técnicas sempre com o objetivo de acrescentar valor à vida da pessoa influenciada. Nota: Aproveitadores=Indivíduos que utilizam estes princípios para seu próprio benefício, prejudicando assim o influenciado
Princípio da Afeição
Tendencialmente as pessoas tendem em concordar com maior facilidade e atenderem aos pedidos de indivíduos que conhecem e de quem gostam. Reconhecendo este princípio, muitos aproveitadores procuram aumentar a sua eficácia em termos de influência enfatizando diversos fatores que aumentam a sua atratividade e a sua aceitação. Um desses fatores é a aparência física. Beleza física proporciona uma grande vantagem nas interações sociais, muito devido ao facto de que uma aparência física atraente provoca um efeito de melhoria da perceção de traços do individuo atraente como talento, bondade e inteligência que em nada estão relacionados com a aparência física. Como consequência, pessoas bonitas são mais persuasivas tanto para conseguirem o que pedem como para mudarem a atitude dos outros. Outro fator é a semelhança, gostamos de pessoas que sejam iguais ou parecidas connosco. Estamos mais dispostos a concordar com os pedidos de pessoas com caraterísticas ou experiências de vida semelhantes às nossas, muitas vezes acabamos por concordar com os pedidos destas pessoas até de uma forma impensada e precipitada. Um fator que produz também afeição são os elogios. Acredito que devemos sempre elogiar caraterísticas que admiremos no outro ou ações que achamos que merecem ser elogiadas. Contudo, este elogio deve ser sempre sincero, o ser humano tem um sentido aguçado para detetar elogios falsos, sendo que elogios falsos quando descobertos são bastante prejudiciais no processo de influência. Um elogio honesto e sentido, aumenta a afeição que sentimos pelo outro e torna mais fácil aceitarmos compromissos/pedidos futuros. O aumento da familiaridade por meio do contato repetido com uma pessoa ou objeto é outro fator que promove o aumento da afeição. Contudo, esta técnica só funciona quando a pessoa que se pretende influenciar associa a nossa figura a sentimentos positivos, quando o contato com o outro é agradável começamos a sentir afeição. Relacionado com este fator está o fator da associação, devemos sempre procurar associar os nossos produtos/ofertas com coisas positivas. Aproveitadores como publicitários, vendedores e políticos utilizam bastante este fator em seu favor. O nosso cérebro é perito em estabelecer relações e conexões, estes aproveitadores procuram aproveitar-se de antigas conexões positivas presentes no nosso subconsciente, procurando associar o seu produto a estas conexões. O melhor mecanismo de defesa para o principio da afeição é ter a noção de quando estamos a gostar mais de um solicitante do que seria normal. Ao reconhecermos este facto, devemos recuar um bocado da interação social com o solicitante, devemos separar o solicitante da sua oferta e decidir racionalmente se é benéfico para nós aceitar a oferta ou não.
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